O estudo de Myrtle McGraw

 

 

 

 

Um estudo com os gémeos Johnny e Jimmy

 

  Condições do estudo:

  • Gémeos do mesmo sexo;
  • Aparência similar, difíceis de distinguir para os pais;
  • Antropometria idêntica (estatura, tamanho de pés e mãos);
  • Mesmo tipo sanguíneo e impressões digitais similares;
  • Disponíveis à nascença;
  • Famílias classe média sem características particulares;
  • Apartamento espaçoso;
  • Acesso limitado a um único playground;
  • Quartos não demasiado iluminados e idênticos em temperatura;
  • Nascimento filmado – o estudo teve início 15 minutos depois;
  • Tratamento experimental e procedimentos;
  • O bebé experimental tinha maior tónus muscular;
  • O bebé experimental era menos desenvolvido que o controlo;
  • O bebé experimental era menos forte;
  • O tratamento experimental começou aos 20 dias;
  • Bebés vão à clínica 5 dias por semana, 7 horas por dia;
  • Nos primeiros meses o bebé experimental recebe 2 horas de exercício diário;
  • O programa torna-se mais intenso à medida que o tempo passa;
  • O bebé controlo passa o tempo num berço, com apenas 2 bonecos.

Resultados:

 

  Experimental Controlo
Rastejar 78 - 140 dias 63 - 122 dias
Gatinhar 232 - 343 dias 200 - 329 dias
Andar 269 dias melhor padrão 269 dias
Patinar Antes dos 2 anos Nenhuma evidência
Subir escadas 9 meses - 18 degraus 9 meses - 11 degraus
  11 meses - 32 degraus Até aos 22 meses:
  16 meses - 61 degraus 24 degraus
  17 meses - 71 degraus  

 

 

 

Conclusões do estudo:

  1. Há limites para o aparecimento de comportamentos motores e isso depende quer da maturação quer da influência ambiental;
  2. Há pré-requesitos neuro-musculares para a produção de skills;
  3. Dentro dos limites maturacionais, um ambiente adequado pode promover o uso mais eficiente de capacidades e a exibição de competências avançadas.

    McGraw, conclui que existem certos períodos na vida óptimos durante o desenvolvimento, ou seja existem períodos criticos em que uma dada actividade é mais susceptível à modificação através da repetição do desempenho.

    McGraw, defendia que devemos pedir sempre a uma criança para praticar novas actividades, mas também para não se empenhar, deixando que a natureza leve o seu próprio tempo, pois forçar a criança a empenhar-se em actividades antes do período critico não só é inútil como mesmo prejudicial.