Estimulação Ambiental no Desenvolvimento Fisiológico

 

    Krech demonstrou o modo como o equipamento original é organizado e modificado é função das interacções com o meio e provou que as mudanças estruturais e químicas no cérebro resultam do tipo de experiência precoce proporcionado.

    Joseph Altman desafiou a perspectiva tradicional de que as crianças recém-nascidas possuem todos os neurónios que alguma vez terão. Verificou também que minúsculas células nervosas (microneurónios) desenvolvem-se no cérebro de animais jovens após o seu nascimento e proporcionam interconexões com algumas das células maiores e mais típicas do cérebro.

    Neurologistas descobriram que se sinapses não forem usadas, as espinhas dendríticas degeneram e acabam por desaparecer. Por outro lado, se uma sinapse for frequentemente usada, surgem novas espinhas dendríticas.

    Com um aumento de prática as estruturas físicas das extremidades sinápticas alteram-se, aumentando a probabilidade de poderem transmitir as suas mensagens neuronais. Também se verificou que o aparelho sensorial deverá ser estimulado pelo meio para que se desenvolva de uma forma apropiada.

    Austin Riesen criou chimpanzés numa completa escuridão e verificou ter provocado danos permanentes no seu aparelho visual, mas se o período de escuridão fosse de doze semanas ou menos, a recuperação fisiológica era possível. A estimulação visual é, por isso, necessária para o desenvolvimento apropriado do tecido nervoso.

    Utilizando um plano semelhante, Riesen criou gatos na escuridão e apesar da degeneração da retina ter sido menos severa do que a ocorrida nos chimpanzés, ainda assim ela verificou-se. Pode-se concluir que a estimulação torna-se mais importante ao progredirmos na escala filogenética.